Polícia investiga se gêmeos fraudaram concurso que já foram aprovados

Delegada fez o flagrante ontem e começa a investigar (Foto: Vinicius Squinelo)
Além de responder pela fraude no concurso da Polícia Civil, realizada ontem (21), em Campo Grande, os gêmeos Diego e Tiago Feliciano Rodrigues, 27 anos, também serão investigados pelo cargo público que foram aprovados, para a vaga de assistente administrativo da Prefeitura Municipal da Capital. Dos dois, apenas Tiago exercia a função.
“Vamos solicitar informações sobre a realização da prova e a aprovação dos irmãos. Porém, se for anterior ao ano de 2011, será considerado um fato atípico, já que a inclusão deste tipo de crime ocorreu somente naquele ano. E eles também vão responder pela fraude no concurso da Polícia Militar, no dia 13 de outubro deste ano”, afirma a delegada Ariene Cury.
Da mesma maneira, eles contaram com a ajuda do professor Waldemir Ribeiro Acosta, 35, neste concurso. Na ocasião, a Polícia desconfiou do nervosismo dos jovens e os retirou da sala. Os irmãos estavam com um celular colado na manga da camisa e foram desclassificados. Logo em seguida, a investigação constatou que o professor enviou as 80 respostas por mensagem.
“Eles foram alunos do Waldemir em 2010, no cursinho Pró Jovem, no bairro Dom Antônio Barbosa. Tempos depois, se encontraram e os irmãos fizeram a proposta. Eles inscreveram o professor e tinham adiantado o pagamento de R$ 100 dos R$ 500 que ele receberia”, explica a delegada Cury.
Questionado sobre os fatos, o professor não quis dar declarações. Atualmente, ele ministra aulas na Escola Estadual Hércules Maymone. Já os gêmeos confessaram o crime e disseram estar arrependidos. Eles pagaram ontem a fiança de cinco salários mínimos (R$ 3.390) e responderão em liberdade.
Investigação: Assim que a SAD (Secretaria Estadual de Administração), realizadora do concurso da Polícia Militar, comunicou o fato a Polícia Civil, os investigadores constataram que eles tinham feito também a inscrição do concurso da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
À paisana, policiais acompanharam toda a movimentação dos gêmeos. O modo de trabalho era simples, alguém sairia com o caderno de provas, o que é possível 2h após o início do concurso, resolveria as questões e mandaria por mensagem de celular. Os aparelhos foram encontrados, assim como na prova da PM, preso com fita adesiva no braço dos gêmeos.
Fonte: Campo Grande News

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