Denuncia: Alto comando da Policia Militar de Mato Grosso do Sul mantém cabos e soldados em regime de escravidão

Um soldado da policia militar do estado de Mato Grosso do sul, que não quer sua identidade revelada, denuncia o alto comando da policia militar por tratar cabos e soldados da policia militar de forma desumana. Veja na íntegra a indignação do Militar:
Na última reunião com o comandante de pelotão da escolta (in off) ele apresentou a NGA (normas gerais de ação) que fala no artigo 1º que qualquer folga é mera concessão e não é obrigatório.
Antes disso, os policiais da escolta recebiam uma folga por semana para resolverem seus assuntos particulares (serviço de banco, pagar contas, etc..)
A folga era justificada, pois trabalham todos os dias das 7hs ás 18:30hs, totalizando, em média, 60hs por semana e cerca de 240 hs mensais. Isso gerou descontentamento do pelotão.
"Ficamos submetidos ao bel-prazer dos comandantes que baixam normas e violam nossos direitos como se não bastasse estamos a mais de 5 anos sem receber fardamento. Nossa farda encontra-se na situação das fotos. Ainda somos submetidos a escalas desumanas como essa que estou hoje, entrei às 8hs, saio às 8hs de amanhã e já estou de serviço de novo às 12:30hs no fórum."
"Isso só acontece porque não temos uma lei, que determine qual a carga horária minima ou máxima que o policial possa trabalhar, por isso os comandantes fazem o que bem entendem, pois tem regulamento na mão e podem punir qualquer um", deabafa o policial.
Num estado democrático de direito, não se pode permitir tamanha arbitrariedade e os atos de administração devem estar sempre pautados na legalidade, mesmo os atos discricionários tem os seus limites nos princípios de nossa carta magna e são passíveis de controle pelo judiciário.
Como não há lei que regulamente nossa jornada de trabalho cabe a nós policiais militares, através da Asprosul, reivindicarmos esse direito nem que seja necessário recorrermos ao judiciário.
Fonte: Portal I9


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