Assomal critica novo adiamento da votação da PEC 300 na Câmara Federal

Assessoria
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Presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Wellington Fragoso
A votação da PEC 300, que prevê o piso nacional para os policiais militares, civis e bombeiros, foi novamente adiada pela Câmara Federal nesta última teça-feira (17). A nova data para a votação foi anunciada para o dia 2 de outubro. "Me parece que a pretensão do governo federal é que a votação seja sempre adiada, para que não haja um comprometimento com a segurança pública", opina o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Wellington Fragoso.
De acordo com Fragoso, quando o plenário da Câmara Federal foi invadido pelos militares, civis e bombeiros no último dia 20 de agosto, em manifestação pela votação da PEC, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se comprometeu em formar uma equipe de trabalho, onde haveria conversa com os governadores sobre a proposta de emenda constitucional. "Ele se comprometeu a nos apresentar o resultado dos estudos no dia 16 de setembro e, como era esperado, não foi cumprido", afirma o major.
"Ao contrário disso, o parlamentar aproveitou este intervalo para proibir a entrada de pessoas no congresso. Ninguém tem mais acesso livre à Casa do Povo e isso desmobilizou não só os militares, mas todas as categorias que querem reivindicar", continua Fragoso, se referindo às novas regras que restringe o número de pessoas que podem entrar na Câmara.
Para o major, os governos e as bancadas federais e estaduais não demonstram comprometimento com a melhoria das condições de trabalho e valorização dos profissionais que trabalham na área de segurança pública. "Em Alagoas, os parlamentares estão totalmente distantes da causa. Só falar que vai votar a favor não significa apoio. Nenhum deles toma a frente, deixando as entidades dos policiais sozinhas", critica.
Ainda segundo Fragoso, a aprovação da PEC 300 não deve resolver todos os problemas de imediato, mas significa a melhoria de vida dos militares que hoje passam por dificuldades relacionadas à segurança. "Não vai resolver todos os problemas, mas é um norte para que o governo federal crie um projeto de lei, porém, volto a afirmar que essa não é a pretensão dos governantes. A área de segurança pública não traz votos e nem recursos para serem divididos em mensalões. A população é quem sofre com o descaso, com o policial desmotivado e desamparado, não oferecendo um serviço de qualidade", diz Fragoso, que acredita também que a corrupção policial está diretamente relacionada à essa desvalorização.
Os policiais militares, civis e bombeiros de todo o país devem se organizar para uma grande mobilização no dia 2 de outubro em Brasília, data prevista para a nova votação da PEC. "Lamentamos que o único diálogo que existe entre a categoria e a classe política seja a mobilização", concluiu. 
Assomal

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