Comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul desde 2009, o coronel Carlos Alberto David dos Santos recebeu a reportagem do Ronda na manhã desta quinta-feira (09) em seu gabinete para uma entrevista exclusiva.
Em pauta, um dos assuntos mais discutidos pela tropa durante a última negociação salarial: as promoções, que começaram a ser colocadas em dia após reivindicações da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul (ACSPMBM/MS).
Segundo David, “problemas administrativos” no início do governo atrasaram as atas de promoção. As primeiras começaram a sair na última segunda-feira (06). Foram promovidos 118 soldados e outros dez 1º sargentos. Segundo ele, na próxima semana, as de abril devem sair, completando assim o prometido pelo Comando Geral.
Porém, para conseguir ser promovido, o militar precisa realizar o TAF (Teste de Aptidão Física) para se matricular no curso. E esta é outra discussão polêmica na tropa. Muitos cabos, já com alguns anos de serviço, reclamam que não conseguem realizar o teste.
No último mês, a assessoria jurídica da ACS conseguiu quatro liminares no Tribunal de Justiça (TJMS) para garantir a matrícula de cabos que haviam sido reprovados no TAF, e outra para que o militar não precise realizar o teste. O Comandante Geral disse que irá rever a situação.
“Sempre que fazemos algo, queremos que seja o melhor. Esses assuntos serão analisados para ser o mais justo possível. Já determinei algumas alterações na questão do TAF e, antes de levar para o Governador, vou discutir com as entidades de classe, com os coronéis. A ideia agora é aproveitar o TAF das unidades, para que o militar não tenha que fazer outro para ingressar no curso”, conta.
Segundo ele, essa ainda é uma forma de incentivar um programa de atividades físicas regulares nas unidades. A intenção é que os policiais tenham um tempo na semana destinado à esse tipo de prática. Com isso, o resultado da avaliação semestral servirá para o curso de cabo e sargento.
“O TAF foi um avanço nas unidades, pois os PMs não se condicionavam fisicamente”, conclui.
A entrevista completa será pública na edição impressa do Jornal Ronda, que deve sair até o final do mês e será entregue na casa dos associados.