Sem viaturas, PM "sofre" em bairros da região sul de Campo Grande

Danúbia Burema e Ricardo Campos Jr.

Na Coophavilla, apenas motocicletas ficam disponíveis para policiamento.

Problemas nas viaturas da Polícia Militar impedem atendimento de ocorrências em vários bairros da Capital, reclamam moradores e comerciantes. Na região centro-sul da cidade, há pelotões que ficam sem nenhum carro disponível, nem mesmo para as emergências.


O Comando da PM confirma o problema, mas diz que é localizado e que as viaturas dependem da fila de revisão na concessionária, porque apenas uma faz esse tipo de trabalho para a Renault. A expectativa é que a questão seja resolvida até o fim desta semana.


A PM explicou que o problema tem causado certa demora no atendimento de ocorrências na região, mas garante que nenhuma solicitação deixou de ser atendida.

Nesta manhã, o Campo Grande News esteve nos pelotões dos bairros União e Coophavilla II. Em nenhum deles havia viaturas.


No segundo bairro, a situação ficou tão crítica ontem, que após acionar o 190 e não conseguir viatura, o dono de um lava-jato foi pessoalmente ao pelotão pedir ajuda policial, conta.


Contudo, não foi atendido porque a única viatura disponível estava sendo guinchada logo que ele chegou. O comerciante foi então orientado a procurar novamente o 190.

As reclamações são principalmente de comerciantes, que não querem se identificar, por dependerem do trabalho da PM. Mas os relatos são semelhantes, sempre pela ausência da Polícia devido a falta de meio de locomoção.

Um outro dono de loja, que só se identificou como Wilson, contou que precisou da PM na última sexta-feira após ter seu estabelecimento furtado, mas não foi atendido por conta da falta de viatura.


Ele garante que ligou em outros postos da PM, mas o problema era ‘generalizado’. Nesta manhã, uma viatura do Tático do 10° Batalhão fazia policiamento na região compreendida entre os bairros União, passando pelo Coophavilla e até o Distrito Industrial.


“A maioria das pessoas está comentando”, diz uma cozinheira de 36 anos que trabalha no restaurante da região da Coophavilla. Moradora do bairro Serra Azul, ela diz que pelo bairro circula a notícia da falta de viaturas. “Não tem segurança nenhuma”, desabafa.

Ainda nesta manhã, uma das viaturas do posto do Coophavilla II foi levada para conserto. Em outra, faltava apenas 500 quilômetros para trocar o óleo e por isso poderá ficar parada junto com as outras no comando, a espera de manutenção.


Conforme policiais, mais de dez carros estão parados na sede do comando, onde aguardam conserto.

Fonte: Midimax News

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