Cabos e Soldados levantam casos resolvidos pela PM2 e rebatem denúncias de abusos

Vinícius Squinelo



As reações referentes as normas editadas pela Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), que tiram da Polícia Militar o poder de investigação de casos envolvendo civis e impõe regras sobre as ocorrências que resultam em prisão de suspeitos, continuam gerando revolta entre os praças.


A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar de MS enviou Nota de Repúdio ao Procurador Geral de Justiça e ao secretário Wantuir Jacini (Sejusp), se dizendo revoltada com o que chama de “engessamento” da polícia e apoiando o trabalho da Inteligência da PM (PM-2).


Edmar Soares da Silva, presidente da ACS, afirmou que nesta sexta-feira (25) está realizando um levantamento de crimes esclarecidos pelo serviço de inteligência.


“Essa área é essencial no trabalho da polícia, até o caso do assalto da casa do prefeito Nelsinho foi solucionado pela PM-2, temos que mostrar a qualidade desta área da polícia e não diminuir sua capacidade”, afirmou o representante.


Ainda segundo o presidente da ACS, nem o comando-geral da Polícia Militar foi ouvido antes de se oficializar as novas diretrizes de trabalho.


Edmar ainda emitiu sua opinião sobre o caso de um assaltante preso e depois solto pela Delegacia Especializada em Roubos e Furtos. O fato é considerado um dos “incentivadores” das novas medidas tomadas pela Sejusp.

“Eu acredito que o delegado deveria ter prendido e autuado o assaltante, e não liberado. Ficou feio para a polícia e os soldados ficaram revoltados”, comentou Edmar.


Questionado sobre supostas torturas cometidas com o assaltante, que terá sido o motivo alegado pela Derf para soltura, Edmar foi claro: “isso deveria ser averiguado depois da prisão, e se houvesse algum indício de violência desnecessária, até a Associação seria a favor de cortar a própria carne da Polícia”. O presidente da entidade afirmou acreditar que o caso é “apenas boataria”.


Fonte: Midiamax

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