Elisângela Cordeiro tinha 41 anos e era lotado no 5º BPM (Foto: Arquivo Pessoal)
Menores foram baleados na perna e teriam admitido aos policiais que atiraram contra um casal durante a madrugada. Vítima era policial militar havia 11 anos.
Um homem identificado como Robson Vasques, 42 anos, foi preso e dois adolescentes foram apreendidos como suspeitos pela morte de uma policial militar, em assalto na madrugada deste sábado (12) no Rio.
O adolescentes deram entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, baleados nas pernas, e teriam revelado aos policiais que atiraram contra um casal assaltado por eles em Coelho Neto.
Informações preliminares indicam que os dois menores, de 15 e 16 anos, foram localizados próximo à comunidade da Pedreira, em Costa Barros. Ao lado deles, havia um cartaz informando que eles eram "ladrões matadores de polícia". O cartaz, segundo a PM, teria sido feito por traficantes em retaliação à ação deles.
Um terceiro menor, de 17 anos, que segundo a Divisão de Homicídios também teria envolvimento no latrocínio, foi encontrado morto à tiros dentro do porta malas de um veículo Renault Duster roubado, em Honório Gurgel.
Ainda segundo a PM, os menores contaram que assaltaram um casal na madrugada e que atiraram contra a mulher após ela reagir.
A vítima é a cabo Elisângela Bessa Cordeiro, de 41 anos. Ela foi baleada na cabeça na Avenida Pastor Master Luther King morreu depois de dar entrada no hospital. O marido dela não ficou ferido. Segundo a PM, ela era lotada no 5º BPM (Centro) e estava na corporação havia 11 anos.
“Minha irmã tinha 41 anos e era cheia de vida. Estão matando polícia igual mosquito. Mais uma morte na mão do senhor Sérgio Cabral e do senhor Pezão”, lamentou o irmão da policial, Marcos Bessa.
Dois PMs mortos em menos de 12 horas
Elisângela foi a 96ª policial militar assassinada este ano no Rio de Janeiro. Horas antes dela ter sido baleado no assalto, outro PM foi morto na Zona Norte da capital. O soldado Samir da Silva Oliveira, de 36 anos, lotado na UPP São João, foi atacado a tiros na Rua 24 de maio, em frente à estação Silva Freire, no Méier.
Segundo a PM, o soldado tentou abordar um carro suspeito quando os ocupantes do veículo atiraram. Samir foi ferido no rosto e socorrido para o Hospital Municipal Salgado Filho, onde morreu.
A PM fez buscas na região e, até as 21h, dois suspeitos tinham sido presos e foram conduzidos para a 26ª DP (Todos os Santos).
Em nota, o secretário de Estado de Segurança, Roberto Sá, disse se solidarizar com a dor das famílias dos policiais mortos. "As polícias estão em diligências e não vão descansar até a identificação e prisão dos responsáveis", afirmou Sá no comunicado.
Policial civil morto em operação
Também na sexta-feira, o policial civil Bruno Guimarães Buhler, de 36 anos, morreu após ser baleado durante uma operação na comunidade do Jacarezinho. O corpo dele vai ser enterrado neste domingo no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio.
Bruno era lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. Ele foi baleado no pescoço e socorrido no Hospital Geral de Bonsucesso. Segundo a unidade médica, a equipe que o atendeu realizou todos os procedimentos para reanimação, porém, sem sucesso. O policial morreu após uma parada cardíaca.
Em nota, a Polícia Civil informou que Bruno foi admitido na corporação em 2010 e desde 2014 estava na Core, a tropa de elite da Instituição. Apelidado de Xingu, ele foi classificado pela corporação como “um exímio atirador”.
No comunicado enviado à imprensa, a Polícia Civil prestou solidariedade à família e aos amigos de Bruno, destacando o reconhecimento dado ao agente pelos sete anos dedicados ao trabalho policial. “Guerreiro-Herói: você viveu e morreu combatendo o bom combate”, enfatizou a corporação.
96 PMs mortos no ano
De acordo com a Polícia Militar, a cabo Elisângela Bessa foi a 96ª policial militar assassinada este ano no Rio de Janeiro. Do total de PMs mortos, 21 estavam em serviço, 55 de folga e 20 estavam reformados.
Outros 305 PMs foram feridos no estado este ano. Segundo a PM, 213 estavam em serviço, 86 de folga e seis eram reformados.
Fonte: G1