Direitos humanos quer parceria para atuar em conjunto com a ACS


Membros de entidades de defesa dos direitos humanos se reuniram, na manhã desta quarta-feira (9), com o presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, para prestar solidariedade ao policial Wagner Pinheiro da SIlva, baleado durante uma tentativa de assalto no último dia 6, em Campo Grande. O encontro, tido como “histórico” pelos presentes, serviu ainda para estreitar os laços entre as entidades e propor parcerias.
 
“Graças a Deus não aconteceu nada grave e o policial está bem. Essa reunião é histórica e temos que deixar claro: não estamos aqui, como entidade, para defender bandido, e sim nosso policial. Isso está no sangue do PM. Ele nunca vai deixar de atender uma ocorrência como essa”, avisou Edmar, enumerando ainda uma série de dificuldades que os policiais enfrentam no dia a dia, como escalas extras de serviço e falta de viaturas e fardamentos, luta antiga da entidade.
 
A reunião contou com a presença de Paulo Ângelo de Souza, presidente do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) Marçal de Souza; Silas Fauzi, coordenador da Pastoral Social da Arquidiocese de Campo Grande; Kelly Garcia, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil); Lairson Palermo, da Comissão Regional de Justiça e Paz da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil); e Paulo Queiroz, que representou o deputado estadual Pedro Kemp (PT).
 
Durante o encontro, as entidades reconheceram a importância e ainda prometeram empenho para aprovação da PEC 300, que cria um piso salarial nacional para os servidores da segurança pública e, desde 2010, aguarda votação em segundo turno na Câmara dos Deputados. “Os direitos humanos devem se preocupar com todo o ciclo que envolve a segurança pública. Um completa o outro”, afirmou Souza. “O problema não está nos civis ou militares, mas em todo um Estado que não dá condições de trabalho”, emendou Palermo.
 
Ficou decidido também que a ACS participará da próxima edição do Forsep (Fórum pela Segurança Pública com Cidadania) e, ainda, a interação das entidades quando a Associação criar sua própria Comissão de Direitos Humanos, o que deve ocorrer em breve. “Agradeço o apoio e temos que acabar com esse estigma que as entidades de direitos humanos carregam”, finalizou Edmar.
 
Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa

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