Com Tolerância Zero, prisões sobrecarregam delegacias e mantêm viaturas paradas

Walter Queiroz





Com o início da 'Operação Tolerância Zero' da PM (Polícia Militar) 

nesta terça-feira (17), após a divergência entre a liderança da ACS
 (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro
 Militar de Mato Grosso do Sul) e o Governo do Estado quanto
 ao valor do reajuste salarial da classe, viaturas ficam paradas
 em delegacias aguardando o registro de ocorrências.


Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do
 Centro, cerca de 30 ocorrências foram registradas após as 18h.
 "Estamos aguardando o registro das ocorrências.


Estamos trazendo tudo pra cá", relatou um dos policiais que não
 quis se identificar.


Durante a permanência da reportagem na Depac Centro, pode
 se observar a chegada de três apreensões de CDs piratas,
 duas apreensões de drogas com cerca de sete envolvidos,
 e uma ocorrência de desacato com dois jovens.


Para o delegado de plantão, João Paulo Natali Sartori, as 
ocorrências ainda estão dentro da normalidade. "O que
 tem por enquanto, é um aumento no registro de crimes de
 menor importância", ressaltou.


Ainda segundo ele, é difícil precisar um número normal de
 ocorrências que sirva de parâmetro.
Cerca de quatro viaturas aguardam o registro de ocorrência
 na Depac Piratininga, delegacia que atende a região sul da
 cidade, onde até o momento, foram atendidas cerca de 
10 ocorrências. "São apreensões que tomam tempo, têm
 que ser registradas", relata o escrivão Vargas. Em alguns 
dias até 25 ocorrências chegam a ser registradas no período 
noturno, mas segundo ele, hoje não deu tempo de parar.
 "está corrido", complementa.O Ciops (Centro Integrado de 
operações de Segurança) não relatou alterações no 
atendimento do Corpo de Bombeiros. Na Ciptran (Companhia
 Independente de Policiamento de Trânsito) as quatro 
viaturas responsáveis pelo atendimento noturno operam
 normalmente.


 Procedimento
As viaturas da PM que efetuam prisões, sejam em flagrante 
ou não, encaminham os autores para as delegacias de 
Polícia Civil, onde registram as ocorrências e entregam
 os presos. Este procedimento consome certo tempo dos 
policiais militares, bem como dos civis.


Durante a operação, a PM não está relevando qualquer
 possibilidade onde eventualmente, uma advertência 
caberia para a solução da situação. Com isso, está 
previsto que o movimento nas delegacias aumente ainda
 mais."Não podemos simplesmente deixar nossos presos
 aqui" alegou outro policial militar que preferiu não se
 identificar. Com isso mais viaturas devem se acumular 
na frente das delegacias.Segundo a ACS, isso pode 
prejudicar o atendimento às ocorrências, principalmente
 no período noturno, dada a redução do efetivo por conta 
do horário.


Negociações 
Após uma série de negociações, o Governador André
 Puccinelli, disse em entrevista, que mantém a proposta
 de reajuste em 5% para o soldo dos cabos e soldados
 da PM e do Corpo de bombeiros.A ACS pede que o
 Governo siga a tendência nacional e adote uma 
política de reposição salarial que elimine a defasagem 
no salário dos praças. O pedido é que seja adotada 
uma política escalonada a ser cumprida até 2014.
Walter Queiroz


Sem acordo, a operação deve se estender para o interior
 e durará pelo menos até sexta-feira (20), quando haverá
 uma nova rodada de negociações.


FONTE: MIDIAMAX


Comentários

Seguidores