Protesto da PM pode chegar a Mato Grosso

Protesto da PM pode chegar a Mato Grosso

A Polícia Militar de Mato Grosso pode deferir greve a exemplo do que aconteceu na Bahia. Segundo o deputado federal, cabo Juliano Rabelo (PSD), que atua na vaga de Valtenir Pereira (PSB), haverá uma mobilização nacional na próxima quinta (9), no Rio de Janeiro, em solidariedade à classe. Eles reivindicam a aprovação do PEC 300, uma emenda constitucional que aumenta o salário da categoria. “Em Mato Grosso, por exemplo, está previsto 16,9 mil policiais atuando em todo o Estado, mas nós temos apenas 7 mil, incluindo os que estão de férias ou de licença. Isso é um desrespeito com a classe e com a população!”, dispara.


A discussão já se estendeu da Câmara para o Senado. O senador Pedro Taques (PDT) aproveitou a reunião da Subcomissão de Segurança Pública, nesta terça (7), para dizer que o Congresso deve cumprir seu papel de representante da sociedade realizando diligencia no local, mas sem interferir nas negociações.


"Precisamos saber o que está acontecendo na Bahia. É necessário evitar que o movimento tenha efeito cascata em outros Estados. Entretanto, não podemos participar das negociações”, avaliou. Tiveram a mesma opinião os senadores Lindbergh Farias (PT), Aluísio Nunes (PSDB) e Demóstenes Torres (DEM).


O cabo Juliano, por sua vez, argumenta que desde dezembro do ano passado tenta agendar, sem êxito, uma conversa com o governado Silval Barbosa (PMDB), para tratar do assunto. “Ele (Silval) não atende minhas ligações e nem da minha assessora. Nós estamos tentando falar com ele sobre esta situação deste dezembro e até agora nada”, enfatiza. O deputado também reclama do descaso da presidente Dilma e assegura que, depois da reunião, os PMs já terão ter um posicionamento preciso sobre uma paralisação geral ou não.


“A culpada de tudo isso que está acontecendo é a Dilma. Vamos pressioná-la para que ela tome uma medida que resolva esta situação”, declara. Embalado pelas críticas, o cabo dispara também contra o Governo do Estado. “O interior está praticamente abandonado. Eles não tratam os PMs da maneira que merecem. No nosso Estado somo só cobrados e não temos nem o que é nosso por direito em troca”, revindica.

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