A fim de evitar a votação de medidas prejudiciais às contas públicas, como a PEC 300 e a emenda 29, a presidente Dilma Rousseff tem conversado diariamente com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Graças a seu cargo, Maia tem o enorme poder de decidir a ordem e também em boa medida a formatação das votações da Câmara.
Ao criar um canal direto com Maia, que não precisa se reportar às ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e a da Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC), Dilma quer convencê-lo a abraçar a agenda do Planalto.
Acontece que Maia tem dívidas morais de campanha com setores que o apoiaram, como os ruralistas, interessados na aprovação do Código Florestal, e os policiais, no caso da PEC 300, que visa criar um piso nacional para a categoria.
E tais compromissos do presidente da Câmara divergem dos interesses do governo.
Fonte: Exame.com